Reação ao anestésico

Reação ao anestésico

Existe um meio de saber se o paciente não vai apresentar reação ao anestésico? Que tipo de pessoa é mais propensa a ter reação com anestesia?
“Muitas reações são previsíveis e, portanto, podem ser evitadas. Outras reações são raras e inesperadas. Entretanto um anestesista qualificado (portador do título de especialista) e atualizado, seguindo as informações disponíveis a partir dos sistemas de monitorização, pode identificá-las precocemente e iniciar o tratamento adequado” tranquiliza o Prof. Dr. José Luiz Gomes do Amaral, Professor Titular da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da Escola Paulista de Medicina, Ex-Presidente da Associação Médica Mundial e autor do capítulo do anestesia do livro Medicina, Mitos e Verdades (Carla Leonel).

Existem pessoas com propensão a desenvolver reações alérgicas, um processo denominado atopia (tendência hereditária a reações alérgicas). Certas situações, como a asma, podem exprimir essa predisposição a reações alérgicas. Tais pessoas correm maior risco de que alguns medicamentos utilizados na anestesia venham provocar uma reação alérgica grave. Os indivíduos atópicos podem manifestar reações prévias à anestesia.

Situação diversa é a síndrome da hipertermia maligna, doença geneticamente determinada. A hipertermia maligna é uma doença especial, própria da anestesia. Há indivíduos que, quando expostos a determinados agentes anestésicos, desenvolvem uma reação que se caracteriza por aumento do metabolismo localizado nos músculos esqueléticos, proporcionando uma série de anormalidades, como o aumento da temperatura. Essa doença foi descrita em 1962, causando uma mortalidade bastante elevada (em torno de 70%). Existem seis drogas que são habitualmente utilizadas em anestesia geral e que podem desencadear a hipertermia maligna: halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano, desflurano e succinilcolina.

Nesse caso, o próprio paciente ou seus parentes próximos podem ter sofrido reações graves durante a anestesia. Essa eventualidade alerta o anestesiologista e faz com que ele exclua de sua técnica os agentes que possam desencadear essa síndrome.

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Matéria do livro Medicina Mitos e Verdades (Carla Leonel) - Editora CIP. Médico responsável Prof. Dr. José Luiz Gomes do Amaral (Titular da Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da Escola Paulista de Medicina).